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Teoria Geral da Administração (TGA): Abordagem Comportamental da Administração





1.     Introdução


O mundo é uma sociedade institucionalizada e composta por organizações. Todas as actividades relacionadas a produção de bens ou serviços são planificadas, coordenadas dirigidas, executadas e controladas pelas organizações. Neste sentido, todas as organizações são constituídas por pessoas e por recursos não humanos (como material físico, financeiros, tecnológicos etc.)
Portanto a teoria das organizações é o campo de conhecimento humano que se ocupa no estudo das organizações em geral, pelo seu tamanho e complexidade de suas operações as organizações ao atingirem certo porte precisam ser administradas e a sua administração requer um aparato de pessoas estratificadas em diversos níveis hierárquicos que se ocupa de incumbências diferentes.
O presente trabalho, irá centralizar-se apenas na administração científica, teoria comportamentalista e administração participativa não olhando a teoria da administração no seu todo. Neste sentido a abordagem comportamental também chamada de (behaviourista), que marca mais influencias das ciências do comportamento na teoria da administração e a busca de novas soluções democráticas, flexivas e humanas para os problemas organizacionais.


2.     Objectivos

2.1.Objectivo Geral

·       Estudar a abordagem comportamentalista da administração e seus derivados e Administração Cientifica

2.2.Específicos:

·       Entender a administração como ciência;
·       Princípios da administração científica;
·       Perceber a origem da teoria comportamentalista;
·       Entender as novas abordagens sobre a motivação humana;
.

3.      Metodologia de trabalho

Em qualquer pesquisa cientifica, no que tange a parte da metodologia, independentemente do pesquisador há necessidade portanto de pensar, analisar e decidir em quais caminhos, meios e técnicas ira seguir para a conseguir analisa e interpretar os factos por ele pesquisados. Segundo GIL (1999, p. 42), método é “um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos” necessário à investigação científica. Como o conhecimento científico fundamenta-se na razão, precisa ser sistemático, a fim de que possa ser testado e comprovado por outros membros da comunidade científica, daí a necessidade do método. Com tudo Para a materialização deste trabalho aplicou-se o método bibliográfico.

3.1. Tipo de Pesquisa


4.     Administração Cientifica

administração científica é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. administração científica tinha em sua essência o intuito de aplicar a ciência à administração. Possuía ênfase nas tarefas, buscando a eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos de produção. Com o objectivo de garantir uma melhor relação custo/benefício aos sistemas produtivos das empresas da época.

4.1. Principais características e objectivos do Taylorismo: 

a)     Divisão das tarefas de trabalho dentro de uma empresa;
b)     Especialização do trabalhador;
c)     Treinamento e preparação dos trabalhadores de acordo com as aptidões apresentadas;
d)     Análise dos processos produtivos dentro de uma empresa como objectivo de optimização do trabalho;
e)     Adopção de métodos para diminuir a fadiga e os problemas de saúde dos trabalhadores;
f)      Implantação de melhorias nas condições e ambientes de trabalho;
g)     Uso de métodos padronizados para reduzir custos e aumentar a produtividade;
h)     Criação de sistemas de incentivos e recompensas salariais para motivar os trabalhadores e aumentar a produtividade;
i)      Uso de supervisão humana especializada para controlar o processo produtivo;
j)      Disciplina na distribuição de atribuições e responsabilidades;
k)     Uso apenas de métodos de trabalho que já foram testados e planejados para eliminar o improviso;
l)      Pagar salários melhores e reduzir os custos da produção.

 

4.2. A obra de Taylor

Seu trabalho foi dividido em dois períodos:
1º Período de Taylor:  racionalização do trabalho dos operários das fábricas da época.
2º Período de Taylor:  definição de princípios de administração aplicáveis em todas as situações do quotidiano da empresa.

4.3. Princípios da Administração Científica

Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management” (Princípios de Administração Científica), publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua filosofia, e introduz os quatro princípios fundamentais da administração científica:
a)      Princípio de planeamento  – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.
b)     Princípio de preparo dos trabalhadores  – seleccionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
c)      Princípio de controlo  – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
d)     Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.

4.4.Estudo dos tempos e movimentos

Em seu livro “Administração de Oficinas” (1903), Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. Tal estudo visava definir uma metodologia que deveria ser seguida por todos os trabalhadores, pregando a padronização do método de trabalho e das ferramentas utilizadas.
Instrumento criado para promover a racionalização do trabalho do operário. Era a divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação em uma tarefa. Entre as vantagens dos estudos dos tempos e movimentos estão:
a)      Eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis;
b)     Racionalização da selecção dos operários e sua adaptação ao trabalho;
c)      Facilita o treinamento e melhora a eficiência e rendimento.

4.5.Organização Racional do Trabalho (ORT)

Organização Racional do Trabalho visava a eliminação de movimentos inúteis, fazendo com que os trabalhadores executassem suas tarefas de forma mais simples e rápida, estabelecendo um tempo médio, a fim de que as actividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma eficiente. A ORT pregava:
a)      Análise do trabalho operário;
b)     Estudo dos tempos e movimentos;
c)      Fragmentação das tarefas;
d)     Especialização do trabalhador.
Com base nestes estudos, Taylor criou alguns princípios que em sua opinião norteavam a Administração Científica.

4.6. Críticas à Administração Científica

Como todo processo pioneiro e inovador, a Administração Científica teve seus críticos ferrenhos. E muitas destas críticas perduram até hoje, em virtude da abordagem criada por Taylor. Conheça abaixo as principais críticas:
a)      O mecanicismo da abordagem (teoria da máquina);
b)     A super especialização que robotiza o operário;
c)      A visão microscópica do homem;
d)     Ausência de comprovação científica;
e)      Limitação do campo de aplicação à fábrica;
f)      Abordagem de sistema fechado (limitada).
Mas apesar das críticas, a Administração Científica tem um papel importantíssimo na formação do que conhecemos hoje como Administração. Em seu livro “Introdução à teoria Geral da Administração”, Chiavenato afirma que a administração foi o primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. Um passo pioneiro e irreversível.

5.     Teoria comportamental da administração

5.1.Origem da teoria comportamental da Administração

A teoria comportamental da administração tem como o seu inicio com Herbert Alexander Simon, tendo como autores importantíssimos Chester Barnard, Douglas McGregor, Rensis Likert e Chris Argyris. Dentro do campo da motivação humana, salientam-se Abraham Maslow, Frederick Herzberge e David McClelland.
Em 1947 surgiu um livro que marcou o inicio da teoria comportamental na administração intitulado O comportamento Administrativo de Erbert A. Simon. O livro é um ataque aos princípios da teoria clássica e a aceitação com os devidos reparos e correcções das principais ideias das relações humanas. Este livro marca o início da Teoria das Decisões;
A teoria comportamental surgiu no final da década de 1940 com uma redefinição total de conceitos administrativos ao criticar as teorias anteriores, o behaviorismo na administração, não somente reescalona as abordagens anteriores como amplia seu conteúdo e diversifica sua natureza.

5.2.Novas proposições sobre a motivação humana

Para a explicação do comportamento organizacional, a teoria comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas e para se explicar ainda como as pessoas se comportam na organização há necessidade de estudar a motivação humana. Tornando um dos temas fundamentais da teoria comportamental da administração.

5.2.1.     Hierarquia de das Necessidades de Maslow

Maslow organizou e dispôs as necessidades em cinco (5) níveis hierárquicos em forma de uma pirâmide, em que, na sua base estão as necessidades mais baixas e no topo estão as mais elevadas.
Necessidades fisiológicas: é o nível mais baixo de todas as necessidades humanas mas de vital importância. Neste, estão as necessidades de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual, etc. As necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e a preservação das espécies. São necessidades instintivas e que já nascem com o indivíduo, elas são as mais permanentes de todas as necessidades humanas. Quando alguma destas necessidades está satisfeita ela domina a direcção do comportamento, o homem com o estômago vazio não tem mais preocupação do que matar a fome.
Necessidades de segurança: constitui o segundo nível das necessidades humanas. São necessidades de segurança, estabilidade, busca de protecção contra ameaça ou privação e fuga do perigo. Surgem no comportamento quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas.
As necessidades de segurança têm grande importância no comportamento humano dado que todo empregado está sempre em relação de dependência da empresa na qual acções administrativas arbitrárias ou decisões incoerentes podem provocar incerteza ou insegurança no empregado.
Necessidades sociais: surgem quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) em contram-se relativamente satisfeitas. Dentre elas estão: as necessidades de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afecto e de amor. Quando estas necessidades não estão suficientemente satisfeitas, o individuo torna-se resistente, antagónico e hostil em relação as pessoas que o cercam. Em nossa sociedade a frustração das necessidades de amor e de afeição conduz a falta de adaptação social, ao isolacionismo e a solidão. Dai que dar e receber afeto são importantes forcas de motivadoras de comportamento humano.
Necessidade de estima: são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a autoapreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, de prestigio e de consideração. Incluem ainda o desejo de forca e de adequação, confiança perante o mundo, independência e autonomia. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimento de autoconfiança, de valor, forca, prestigio, poder, capacidade e atitude.
A sua frustração, pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo, que, por sua vez, podem levar ao desânimo ou a actividades compensatórias.
Necessidade de auto realização: são as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. Estão relacionadas com a realização do próprio potencial e auto desenvolvimento contínuo. Esta tendência se expressa pelo impulso que a pessoa tem para tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser.
Por fim, as necessidades humanas assumem formas e expressões que variam conforme o indivíduo. Neste caso, somente quando um nível inferior de necessidades está satisfeito é o que o nível imediatamente mais elevado surge no comportamento da pessoa.
Entretanto, nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide de necessidades, quando as necessidades mais baixas estão satisfeitas, as necessidades localizadas nos níveis mais elevados passam a dominar o comportamento. No entanto cada pessoa possui sempre mais de uma motivação e todos os níveis de motivação actuam conjuntamente no organismo. Dai que o comportamento motivado funciona como um caanal pelo qual as necessidades são expressas ou satisfeitas.
A frustração ou a possibilidade de frustração de certas necessidades passa a ser considerada ameaça psicológica e essas ameaças produzem as reacções gerais de emergência de comportamento humano.
Necessidades primárias
 
Necessidades secundárias
 

De acordo com Maslow, são válidas as seguintes premissas:
a)      As necessidades básicas manifestam-se em primeiro lugar, e as pessoas procuram satisfazê-las antes de se preocupar com as de nível mais elevado.
b)     Uma necessidade de uma categoria qualquer precisa ser atendida antes que a necessidade da categoria seguinte se manifeste.
c)      Uma vez atendida a necessidade de determinada categoria, ela perde força e a necessidade da categoria seguinte passa a ser a motivadora das necessidades do indivíduo.
d)     Quanto mais elevado o nível das necessidades, mais saudável o indivíduo será.
e)      O comportamento irresponsável é sintoma da provação das necessidades sociais e de estima. O comportamento negativo é sinal de má administração.
f)      Há técnicas de administração que satisfazem as necessidades fisiológicas, de segurança e sociais. As outras necessidades podem se atendidas satisfatoriamente com o correto gerenciamento dos responsáveis (gerentes).

5.2.2.     Novas Proposições sobre a Motivação Humana

Primeiramente, antes de analisar o conceito de motivação, é importante entender o conceito de comportamento, onde, conforme (Chiavenato), significa “a maneira pela qual um indivíduo ou uma organização age ou reage em suas interacções com o seu meio ambiente e em resposta aos estímulos que dele recebe”.
Fonte: https//pt.wikipedia.org/wiki/teoria_comportamental_da_administraca.
A teoria comportamental (ou teoria behaviorista) da administração trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento (behavior sciences approach). Houve o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores (teorias clássica, das relações humanas e da burocracia) e a adopção de posições explicativas e descritivas.
A abordagem comportamental, conhecida como behaviorista, segundo Chiavenato (2003), é caracterizada por ser decorrência da Teoria das Relações Humanas. Assim, sua ênfase ainda se encontra no comportamento humano, porém, leva em consideração o contexto organizacional, de forma mais ampla, abrangendo a influência desse comportamento na organização como um todo e as perspectivas das pessoas diante das organizações.

5.2.3.     O processo decisório

A tomada de decisão é um processo responsável pela escolha da melhor solução para um problema ou oportunidade. Dependendo do contexto, o processo decisório é considerado difícil e uma vez feito poderá ocasionar em consequências positivas ou negativas.
Todas as actividades que envolvem o planeamento precisam passar por um processo cuidadoso. Nos ambientes organizacionais existem várias actividades em que o gestor deve tomar as decisões correctas, ao longo do processo. O indivíduo responsável por tomar decisões pode ser um governador, o presidente da organização, um director técnico de uma escola, ou grupos, como entidades, conselhos de ministros, comités, júri, etc. Estes são conhecidos como os autores do processo decisório que irão avaliar e se basear nos valores do sistema que está inserido.

5.2.4.      Etapas do Processo Decisório

Em Administração,  Herbert Simon, um economista americano, foi um dos precursores da Teoria das Decisões. Sua teoria foi  capaz de explicar sobre o comportamento humano dentro das organizações, no livro O Comportamento Administrativo. Ele enfatizou também que, as organizações são sistemas de decisões e de acordo com a Teoria Comportamental, cada funcionário dentro de uma organização participa da tomada de decisões individuais sobre determinado assunto na empresa, sempre considerando os critérios racionais e buscando resultados futuros.
Existem teóricos que se baseiam na tomada de decisão por várias perspectivas, mas conforme os estudos de diversos autores sobre o tema, as organizações seguem os seguintes passos:
a)      Expor o problema;
b)     Fazer um esqueleto do problema e relacionar suas partes, a fim de construir um modelo;
c)      Montar o problema de forma técnica;
d)     Fazer uma simulação ou teste do modelo e as possíveis soluções;
e)      Determinar e delimitar uma forma de controlo sobre a situação;
f)      Colocar em prática a melhor solução dentro da organização.
De acordo com o “pai” da tomada de decisões, (Simon) define decisão como um processo de análise e escolha das alternativas que uma pessoa poderá definir, sendo parte do processo administrativo a tomada de decisões. Assim, nesse processo existem os seguintes elementos:
a)      Tomador de decisões: aquele que decide ou escolhe um conjunto de alternativas para a acção;
b)     Objectivos:   que o tomador de decisões quer alcançar;
c)      Preferências:  critérios usados na hora da escolha;
d)     Estratégia:  planos de acção utilizados para atingir determinados objectivos, dependendo dos recursos que possui;
e)      Situação: compreensão do contexto e do ambiente que irá ser atingido pela sua decisão;
f)      Resultado: consequência da estratégia utilizada pelo tomador de decisões.

 

5.2.5.     Modelos de Tomada de Decisões

Os modelos organizacionais que envolvem a tomada de decisões são importantes para entender quais suas características principais  e quais poderão se adaptar numa possível resolução de problema. Entretanto o modelo que mais nos interessa neste trabalho é o modelo Racional e o modelo comportamentalista.

 

5.2.6.     Modelo Racional de Decisão

Também conhecido como Modelo Decisório Racional da Economia Clássica ou Burocrático é considerado o primeiro modelo de processo decisório e é caracterizado por elevar os objectivos da organização como um todo, levando em consideração as alternativas para atingir esses objectivos. Esse modelo é baseado num raciocínio técnico, em que o tomador de opinião se baseava na lógica e na objectividade para a resolução de problemas.
É muito criticado por acreditar que o tomador de decisões possui toda a informação necessária para resolver o problema. As etapas desse modelo seriam: Identificar e definir o problema; Identificar as possíveis soluções; Seleccionar e aplicar a solução escolhida.

5.2.7.     Modelo Comportamentalista

Caracterizado pela tomada de decisão mais adequada e baseada no comportamento dos indivíduos dentro das organizações, os gestores devem prever o impacto de suas decisões sobre os indivíduos para evitar conflitos com os mesmos. Nesse modelo o indivíduo é visto como homem administrativo, sendo que cada pessoa deve decidir, em todas as áreas da organização e essa decisão irá gerar acções ou comportamentos diferenciados.

5.2.8.     Estilo de Liderança

Robbins (2002, p. 304) define liderança como “a capacidade de influenciar um grupo em direcção ao alcance dos objectivos”. Conhecer os estilos de liderança presentes nos grupos directivos pode ser factor alavancador de melhorias de resultados ou, até mesmo, em alguns casos, de revisão do planeamento dos treinamentos dos gestores.

Segundo Chiavenato (2003), liderança é definida como necessária em todos os tipos de organização humana, ou seja, para a obtenção de qualquer resultado desejado pela empresa é necessário conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

O estilo de liderança segundo Chiavenato (2003) as teorias sobre estilos de liderança são teorias que estudam a liderança em termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados. A abordagem dos estilos de liderança se refere àquilo que o líder faz, isto é, o seu estilo de comportamento para liderar. A teoria mais conhecida refere-se a três estilos de liderança: autocrática, liberal e democrática.

5.3.Teoria X e Teoria Y de Douglas McGregor

Conforme Chiavenato (2003), McGregor compara dois estilos opostos e antagónicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista, estática, negativa, pragmática e sem dúvida, derrotista como filosofia administrativa (a que deu o nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano que retrata o homem como criatura auto-activadora, interiormente controlada e ambiciosa, desejosa de responsabilidade. Enfatiza-se o potencial inerente do homem para crescer e desenvolver-se (a que denominou Teoria Y).

Para McGregor (1999), uma filosofia Teoria X sugere que as metas dos trabalhadores e da organização vivem em conflito e que aqueles são antes de tudo, motivados por recompensas extrínsecas e pelo temor da punição. Inicialmente esta teoria sugere uma estratégia administrativa “dura”.
Segundo Chiavenato (2003), a Teoria X representa o típico estilo de administração Científica de Taylor, da Teoria Clássica de Fayol e da Teoria da Burocracia de Weber em diferentes estágios da teoria administrativa: restrição da iniciativa individual, aprisionamento da criatividade, estreitamento da actividade profissional por meio do método e da rotina de trabalho. A Teoria X força as pessoas a fazer exactamente aquilo que a organização pretende que elas façam, independentemente de suas opiniões ou objectivos pessoais.
McGregor (1999) sugere baseado em sua teoria que o homem é motivado para obter domínio sobre seu mundo e experimentar sentimentos de auto-respeito, auto-realização, além de sua busca por gratificações externas. Uma filosofia Y aceita a posição segundo a qual os empregados são motivados para obter recompensas intrínsecas e também extrínsecas.

O trabalho é tão natural como relaxar ou jogar, portanto é responsabilidade do gerente ou líder criar condições sob as quais o empregado é capaz de satisfazer suas necessidades de realização e auto-expressão, enquanto executa o trabalho.

Quadro resumo

http://slideplayer.com.br/slide/297855/1/images/12/Teoria+X+e+Teoria+Y+de+Mc+Gregor:+2+estilos+de+administrar.jpg

5.3.1.      Novas proposições sobre Liderança

As novas proposições sobre liderança estão voltadas no seguinte: a liderança transaccional está forcada em recompensar as pessoas pelo seu apoio ao líder, enquanto a liderança transformadora requer líderes visionários e conduz a mudança. A primeira conserva e mantém os status que: a segunda transforma e inova. As organizações estão precisando com urgência líderes transformadores.
Likert, já abordou quatro estilos de liderança:
a)     Autoritário explorador, típico da gerência baseada na punição e no medo;
b)     Autoritário benevolente, típico da gerência baseada na hierarquia com mais ênfase na cenoura do que na vara;
c)     Consultivo, baseado na comunicação vertical decrescente e ascendente com a maioria das decisões viradas ao topo;
d)     Participativo, baseada no processo decisório em grupo de trabalho que se comunicam entre si por meio de um individuo (elos de ligação) que ligam componentes, lideres, de equipes ou outros que também fazem parte de um ou mais grupos.
Warren Bennis assegura que a liderança é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida. Ao pesquisar o comportamento de uma amostra de 90 líderes, Bennis concluiu que os líderes têm em comum quatro (4) componentes vitais:
1.     Gerência da atenção: visa aos líderes despertar atenção e o comprometimento das pessoas que trabalham com eles e que passam a tentar a mesma visão;
2.     Gerência do significado: os líderes são hábeis comunicadores, capazes de reduzir a complexidade e comunicar problemas por meio de uma imagem e linguagens simples. São especialistas em dissecar informações;
3.     Gerência da confiança: a confiança é essencial em todas as organizações. Para os líderes de confiança reflecte-se na consistência do propósito e no tratamento concedido aos colegas e a todas as pessoas. Mesmo quando as pessoas discordam do que os líderes dizem ou fazem eles os admitem pela consistência de objectivos e propósitos;
4.     Gerência de si próprio: os lideres conseguem identificar e utilizar plenamente seus pontos fortes bem como assegurar e buscar melhorar seus pontos fracos.
Como conclusão de Bennis, ele, assegura que o século XXI requer uma nova geração de lideres, e não de gerentes porque o líder conquistam ao passo que os gerentes o contesto em que as vezes é volátil e turbulentas enquanto os gerentes se rendem a essas condições.

5.3.2.     Apreciação crítica de Teoria Comportamental

Uma nova visão crítica da teoria comportamental mostra os seguintes aspectos:

Ênfase nas pessoas:
A teoria comportamental marca definitivamente a transferência da ênfase na estrutura organizacional (influência da teoria clássica e da Neoclássica e da teoria da burocracia) para ênfase nas pessoas (influencia da teoria das relações humanas).
Ao transferir o foco dos aspectos estruturais e técnicos da organização para os aspectos comportamentais e dinâmicos, a teoria comportamental realinha e redefine os conceitos da tarefa e da estrutura sob uma roupagem democrática e humana.
Contudo, em muitos aspectos, os behavioristas pecam pela “psicologizacao” de certos aspectos organizacionais, como é o caso da teoria das decisões, ao considerar os participantes como ̏racionais e não racionais, ̏eficiente e não eficiente, ̏ satisfatórios e não satisfatórios. Esse exagero é passível de crítica. O importante é que a escola comportamentalista prosseguiu na análise das organizações por meio de conceitos relacionados com a estrutura informal, como o comportamento, cultura, crença e valores, relações interpessoais, atitudes, desejos e expectativas de indivíduos e grupos. Para essa escola as pessoas constituem o activo mais importante nas organizações.
Abordagens mais descritivas e menos descritivas
Segundo Chavenato (9ª ed. Pag. 534) a análise descritiva (que mostra o que é) e análise prescritiva (que mostra o que deve ser) são aspectos importantes no estudo do comportamento organizacional. Enquanto a abordagem da teoria clássica, e da teoria Neo-clássica e da teoria das Relações Humanas era prescritiva e normativa (preocupava-se em prescrever como lidar com os problemas administrativos, ditando princípios ou normas de actuação o que deve e o que não deve ser feito), a abordagem da teoria comportamental é descritiva e explicativa (preocupa-se em explicar apenas sem ditar princípios ou normas de actuação, os behavioristas preocupam-se em explicar e descrever as características dos comportamentos organizacionais do que em construir modelos e princípios de aplicações praticas.
Nisso reside a dificuldade de aplicação nesta teoria, que poucos têm de normativa, mas cuja riqueza conceitual é impressionante.

Profunda reformulação na filosofia administrativa
O antigo conceito da organização baseado no esquema automático, coercivo é de diferenciação de poder (autoridade e obediência) é bastante criticado. Em contraposição a ele, os behavioristas mostram um novo conceito democrático e humano de colaboração e consenso e de igualização e de poder. A teoria comportamental privilegia as organizações democráticas menos estruturadas hierarquicamente e menos autocráticas, baseadas na igualização de poderes. Fonte (Chiavenato, 2014:355p).
Os meios para desenvolver condições satisfatórias nas organizações são:
a)     Delegado de responsabilidade para as pessoas alcançarem objectivos comuns;
b)     Utilização de grupos de equipas de trabalhos semi-autonomos;
c)     Retroacção (feedback) como elogio e crítica constitutivas sobre o desempenho;
d)     Treinamento e desenvolvimento das pessoas.


6.     Conclusão

Chega-se a conclusão que administração científica é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Onde sucede a teoria comportamental que surgiu no final da década de 1940 com uma redefinição total de conceitos administrativos ao criticar as teorias anteriores, o behaviorismo na administração, não somente reescalona as abordagens anteriores como amplia seu conteúdo e diversifica sua natureza.
Enfatizar que existem certas diferenças entre líder e gerente, tendo em vista o seguinte: o gerente apenas administra o que é diferente do líder que inova; gerente é considerado como copia, ao passo que líder é o original, gerente mantém e o líder desenvolve.
Apesar da teoria comportamentalista estar centrada no comportamento humano recebe algumas criticas como ênfase nas pessoas, abordagens mais descritivas e menos descritiva e profunda reformulação na filosofia administrativa.





7.     Referência bibliográfica


1.     CHIAVENATO, Idalberto. Introducao a teoria geral da administracao, 9ª ed., Barueri, SP: Manole, 2014.
2.      COELHO. José Márcio; GONZAGA. Ricardo Martins; Administração Científica de Taylor: O Homem do Tempo. Acessado em: http://www.administradores.com.br/producao-academica/administracao-cientifica-de-taylor-o-homem-do-tempo/318/
LLATAS. Dra. Maria Virginia; Administração Científica de Taylor. Acessado em: 
Administração Científica de Taylor.ppt
3.     Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. (4ª Ed). São Paulo: Atlas. 2002.


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