Índice
Introdução
Direção Administrativa para
que a Empresa funcione adequadamente ela precisa ser dirigida. Em outros
termos, ela precisa ser governada e orientada para os objetivos pretendidos.
Sem a Direção, a Empresa fica à deriva, sem rumo certo. A Direção relaciona-se
diretamente com a maneira pela qual o objetivo deve ser alcançado através das
atividades que devem ser realizadas. Estabelecidos os objetivos, definido o Planeamento,
Organizados os trabalhos, cabe à Direção fazer executar as coisas. Todo
trabalho deve ser dirigido para o alcance dos objetivos. Se as pessoas que
trabalham numa empresa não conhecem os objetivos que elas devem alcançar, os
seus esforços serão feitos ao acaso. A Administração se baseia no trabalho de
muitas pessoas em conjunto e torna-se necessário orientar o comportamento
dessas várias pessoas, integrá-las e dirigi-las rumo aos objetivos empresariais
Função direcção
Assegurar a execução das ações
propostas no Planeamento. Implica transmitir às pessoas o que elas devem fazer
e conseguir que elas trabalhem da melhor maneira possível, com a melhor utilização
dos recursos disponíveis.
O Gestor
deve ter capacidade de coordenar os trabalhos a serem realizados, fixando
prioridades e exercendo a liderança junto a sua equipe e/ou subordinados
Conceito e Características
A
Direção constitui a terceira etapa
do processo administrativo, depois do Planeamento e da Organização. Enquanto o Planeamento
e a Organização são etapas anteriores à execução dos trabalhos, a Direção é a
etapa concomitante ou simultânea a ela. “Direção é a função administrativa que
conduz e coordena o pessoal na execução das atividades planejadas e
organizadas”. Significa orientar e coordenar os trabalhos dos subordinados. No
fundo, dirigir significa interpretar os objetivos e os planos para os outros e
dar as instruções de como executá-los. Trata-se de atuar diretamente sobre
pessoas para conseguir que executem as suas atividades.

Execução
A
importância da Direção está em que nada adianta um bom Planeamento e uma boa
Organização, se as pessoas trabalham sem uma orientação coordenação adequadas.
Daí, a Direção ser considerada a mais importante das funções administrativas, a
essência do trabalho do bom Administrador.
Princípios básicos de direção
A
Direção deve basear-se em quatro princípios básicos, a saber:
a)
Princípio da unidade de comando
Cada
subordinado deve subordinar-se a um e apenas um superior. A recíproca deste
princípio é a de que deve haver uma autoridade única sobre cada pessoa na
Empresa, para evitar a duplicidade de ordens.
b)
Princípio da delegação
É
preciso que todas as atividades necessárias à realização dos objetivos
empresariais sejam delegadas a um nível que possa executá-las adequadamente. A
delegação significa a designação de tarefas, a transferência de autoridade e a
exigência de responsabilidade pela execução daquelas tarefas.
c)
Princípio da amplitude de controlo
Também
chamado Princípio de Âmbito de Controlo, refere-se ao número ideal de
subordinado que cada chefe pode supervisionar diretamente. Seu enunciado é o
seguinte: Cada Chefe deve ter um número adequado de subordinados para poder
supervisioná-los adequadamente.
d)
Princípio da coordenação
Também
chamado Princípio das Relações Funcionais. Diz ele: Todas as atividades devem
ser coordenadas e integradas tendo em vista um objetivo comum.
Para dirigir os
subordinados, a Administrador - em qualquer nível que esteja situado - deve dar
ordens ou instruções, comunicar, motivar, liderar e coordenar. Por isso,
falaremos de ordens ou instruções, de comunicação, de motivação, de liderança e
de coordenação, que são os principais meios de Direção. O talento do bom
Administrador reside em saber utilizar todos esses meios de Direção.

Vejamos cada um
dos meios de Direção à disposição do Gestor:
INSTRUÇÕES E ORDENS
Para
dirigir os subordinados, o Administrador deve dar ordens ou instruções, para
que estes saibam o que devem fazer e quando fazer. Tanto a ordem quanto a
instrução servem para fazer iniciar, modificar e cessar uma tarefa ou
atividade. Porém, a ordem se refere ao que fazer e quando, enquanto a instrução
se refere ao como fazer alguma tarefa ou atividade. Enquanto a ordem é um
imperativo de fazer algo, a instrução é uma orientação sobre a maneira de fazer
algo.
Quanto
a sua amplitude, as ordens podem ser:
•
Ordens Gerais - são aquelas
destinadas as pessoas da Empresa, indistintamente. Ex.: marcação do ponto,
horários, crachás, etc.
•
Ordens Específicas - são aquelas
destinadas a determinadas pessoas. Ex.: relatório sobre o veículo (motorista),
etc.
Quanto
à forma pela qual são transmitidas, as ordens podem ser:
• Ordens
verbais - são aquelas transmitidas de viva voz.
•
Ordens escritas - são aquelas
transmitidas por escrito, através de alguma correspondência ou documento.
COMUNICAÇÃO
A
Comunicação na empresa representa um dos maiores desafios para o Administrador.
Para algumas empresas, a Comunicação representa o recurso mais importante no
alcance dos objetivos.
Comunicação
é o processo de transmissão de informação e compreensão de uma pessoa para
outra. Toda comunicação envolve sempre duas ou mais pessoas, pois é um processo
de interação de pessoas. A comunicação realiza uma ponte de significados entre
duas ou mais pessoas.
Assim,
comunicar não é somente transmitir uma mensagem. É sobretudo, fazer com que a
mensagem seja compreendida pela outra pessoa. Se não houver essa compreensão do
significado, não há comunicação. Se uma pessoa transmitir uma mensagem e esta
não for compreendida pela outra pessoa, a comunicação não se efetiva. Como a
comunicação é um processo de transmissão e compreensão de uma pessoa para a
outra, existem cinco etapas que ela deve percorrer:
Emissor:
é a pessoa que pretende comunicar uma mensagem.
Transmissor:
é a etapa que codifica a mensagem. Ex.: a voz humana em língua portuguesa, o
telefone da pessoa que está comunicando a mensagem, etc.
Canal:
é o espaço situado entre o emissor e o destinatário. Ex.: a sala onde as duas
pessoas se encontram, a central telefônica etc.
Receptor:
é a etapa que decodifica a mensagem. Ex.: o ouvido da outra pessoa, o telefone
da pessoa que recebe a mensagem, etc.
Destinatário:
é a pessoa a quem a mensagem é destinada.
Contudo,
a Comunicação geralmente sofre ruídos e interferências. Ruídos é uma
perturbação em qualquer uma das etapas do processo acima, que pode provocar
perdas ou desvios na mensagem. Ex.: o emissor fala mal a língua portuguesa ou
tem problema de prolação, o telefone apresenta linhas cruzadas, etc.
Interferência é uma perturbação externa que interfere no processo, provocando
distorções ou distúrbios.
Ex.:
muito barulho devido à presença de outras pessoas, intempéries ou trovoadas que
interferem no sistema telefônico. Isto significa que nem sempre aquilo que o
emissor pretende comunicar é exatamente aquilo que o destinatário interpreta e
compreende. E é este o desafio das comunicações nas nossas empresas. Além dos
desvios, distorções e perdas, a que nos referimos, as comunicações podem sofrer
acréscimos, como é o caso do boato.

Ruido
Quanto
ao tipo, a comunicação pode ser:
Formal
- é a comunicação endereçada através dos canais de comunicação existentes no
organograma da empresa. A mensagem é transmitida e recebida dentro dos canais
de comunicação formalmente estabelecidos pela empresa na sua estrutura
organizacional. É basicamente a comunicação veiculada pela estrutura formal da empresa. Quase toda a comunicação
formal é feita por escrito e devidamente documentada através de correspondência
ou formulários.
Informal
- é a comunicação desenvolvida espontaneamente através da estrutura informal da
empresa e fora dos canais de comunicação estabelecidos pelo organograma da
empresa. Geralmente, a comunicação informal veicula mensagens que podem ou não
ser referentes às atividades da empresa.
As
comunicações formais fluem dentro da empresa através dos seguintes canais de
comunicação:
1-
Canais Verticais - podem ser
descendentes (de cima para baixo) e se referem à comunicação entre o superior e
subordinados, veiculando ordens ou instruções. Podem ser ascendentes (de baixo
para cima) e se referem à comunicação entre o subordinado e o superior,
veiculando informações a respeito do trabalho executado.
2-
Canais Horizontais - referem-se às
comunicações laterais entre dois órgãos (dois departamentos ou duas seções, por
exemplo) ou dois cargos (dois gerentes ou dois auxiliares administrativos) no
mesmo nível hierárquico.
Exemplo de uma comunicação defeituosa
Na
próxima 6ª feira, às 17:00hs, o cometa Halley estará nesta área. Trata-se de um
evento que ocorre somente a cada 78 anos. Assim, por favor, reúnam os
funcionários no pátio da fábrica, todos de capacete de segurança, quando
explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o
espetáculo a olho nú. Nesse caso, todos deverão ir para o refeitório, onde será
exibido um documentário sobre o cometa.
O gerente fala para o
supervisor:
Por ordem do Presidente, na 6ª feira, às
17:00hs, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor,
reúnam os funcionários, todos de capacete de segurança, e os encaminhem ao refeitório,
onde o fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 78 anos a olho nú.
O supervisor para o
chefe de produção:
Há convite do nosso querido Presidente, o
cientista Halley, de 78 anos, vai aparecer nú e usando capacete no refeitório
da fábrica, na 6ª feira, às 17:00hs, pois vai ser apresentado um filme sobre o
problema da chuva na segurança. O Presidente levará a demonstração para p
pátio.
Chefe de produção para
o Mestre:
Na 6ª feira, às 17:00hs, o Presidente, pela
primeira vez em 78 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o
Halley nu, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar lá de
capacete, pois será apresentado um show sobre a segurança na chuva. O
Presidente levará a banda para o pátio da fábrica.
Finalmente Mestre para
os Funcionários:
Todo
mundo nu, sem exceção, deve estar com os seguranças no pátio na próxima 6ª
feira, às 17:00hs, pois o manda-chuva (o Presidente) e o Sr. Halley,
guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme “Dançando na Chuva”.
Caso comece a chover mesmo, é para ir para o refeitório de capacete. O show
será lá, o que ocorre a cada 78 anos.
Aviso a todos:
Na 6ª feira, o Chefe da Diretoria vai fazer 78
anos e liberou geral para a festa, às 17:00hs, no refeitório. Vai estar lá,
pago pelo manda-chuva, Bill Halley e Seus Cometas. Todo mundo deve estar nu e
de capacete, porque a banda é muito louca e o Rock vai rolar no pátio, mesmo
com chuva!
MOTIVAÇÃO
A
Motivação é um poderoso instrumento de Direção. Um MOTIVO é qualquer coisa que
leva uma pessoa a praticar uma ação. Um motivo é a causa, a razão de algum
comportamento. Como as pessoas são diferentes entre si e reagem individualmente
a uma mesma situação, a Direção deve levar em conta essas diferenças
individuais e tratar as pessoas adequadamente.
Na
prática, toda essa teoria pode ser aplicada através dos fatores de Motivação.
Os fatores de Motivação mais importantes são:
· Trabalho
interessante e que propicie desafios para a pessoa;
· Remuneração
adequada ao trabalho executado;
· Oportunidades
de progresso na Empresa;
· Projeção
e prestígio social decorrente do trabalho feito;
· Reconhecimento
pelo superior e colegas de trabalho.
Teoria da motivação de
Herzberg
Segundo Herzberg, quando as pessoas sentem-se
insatisfeitas com seus serviços, preocupavam-se com o ambiente que estavam
trabalhando e quando sentem-se bem no serviço isso se liga ao trabalho
propriamente dito. Para melhor explicar isso Herzberg dividiu em fatores de
Higiene e Motivadores.
Fatores
de Higiene (Ambiente)
· Programa
de administração
· Supervisão
- Condições de trabalho
· Relações
interpessoais - dinheiro, status, segurança
Fatores
Motivadores (O Serviço)
· Reconhecimento
por realização
· Trabalho
que é desafio
· Maior
responsabilidade
· Crescimento
e desenvolvimento
A pesquisa motivação-higiene serviu a todos os
níveis da organização, servindo para aumentar sentimentos de competência,
autoestima, auto-confiança e autonomia.
Teoria da Motivação “
X” e Teoria
“Y” .
Apresentada por Douglas McGregor.
Teoria X
: Nela supõem-se que a maioria das pessoas preferem ser dirigidas , não se
interessam por responsabilidades e desejam a segurança acima de tudo ,
acredita-se que as pessoas são motivadas por dinheiro vantagens de emprego e
ameaças de castigo. Com o uso desta teoria segundo os administradores admite-se
controlar , supervisionar rigorosamente seus empregados que não merecem
confiança , são irresponsáveis e imaturas.
Após a utilização da hierarquia estabelecida por Maslow , McGregor
conclui que a Teoria X são de modo geral imprecisas e que os métodos de
administração criados a partir delas muitas vezes deixavam de motivar os
indivíduos para trabalhar na busca dos objetivos da organização.
Teoria
Y: Nela supõem-se que as pessoas não são preguiçosas e merecedoras de
confiança, podendo o homem se motivar adequadamente governar-se e ter
criatividade no trabalho, despertando a potencialidade. A realização dos
objetivos do funcionário é direcionado seus esforços para realização dos
objetivos da organização.
Fatores Pessoais e
Rendimento no Trabalho
Frustração no contexto
motivacional; frustração: Pessoa motivada em relação
a um objetivo e este é interferido. Diz-se que esta frustrada. Podem existir
três tipos principais de barreiras ou bloqueios que causam frustrações:
1-
Barreiras
situacionais: Pode ser de natureza física e de
ambiguidade, que impedem o indivíduo de realizar um objetivo.
2-
Barreiras
interpessoais: São entre as pessoas ou grupos que
impedem a satisfação do motivo. Acontece geralmente quando em uma organização
um indivíduo criativo é punido ou barrado por seu chefe superior.
3-
Barreiras
intrapessoais: Observados quando o indivíduo não
atinge seus objetivos devido a alguma deficiência física ou mental, e também
caracterizada pela existência de motivos conflituantes da própria pessoa.
Frustração e
improdutividade: Quando o indivíduo não atinge um
objetivo inicialmente pretendido, coloca-se a perseguir outro , tornando-se
necessário optar em ficar insistindo no objetivo inicial ou ceder a um outro
mais viável , e quando levado a assumir uma das posições atender apenas a uma
delas , passa a viver uma sensação interior de grande tensão que lhe será
desconfortável e infelicitante, ficando em um estado psicológico conhecido como
ansiedade. Todos esses fatores, conflito
, ansiedade e tensão geram no indivíduo a frustração e improdutividade.
LIDERANÇA
Para
dirigir as pessoas, não basta apenas dar ordens e instruções, comunicar e
motivar. É preciso ainda, Liderar. E aí está outro desafio para o Administrador.
Liderança é a capacidade de influenciar as pessoas. Para dirigir pessoas,
deve-se influenciar os seus comportamentos. Durante muito tempo, achava-se que
a Liderança era uma qualidade pessoal determinada por características de
personalidade. Atualmente, aceita-se a existência de três fatores de liderança,
isto é, três fatores que influem na capacidade de liderar pessoas:
Posição Hierárquica
- decorrente da autoridade em relação aos subordinados. Quanto mais alta a
posição hierárquica, maior força de liderança oferecida pela estrutura
organizacional ao Administrador.
Competência Profissional
- é resultante dos conhecimentos gerais (cultura geral) e específicos (cultura
técnica) que o Administrador possui. Quanto maior a competência profissional,
maior a força de liderança que o próprio Administrador possui.
Personalidade
- decorrente das qualidades pessoais do Administrador, como o seu temperamento,
caráter, relacionamento humano, inteligência, compreensão etc. A Personalidade
constitui uma base importante para a liderança. Se não houver facilidade no
tratamento com as pessoas, de nada valem a posição hierárquica e a competência
profissional. Convém lembrar que liderar é influenciar o comportamento das
pessoas.
Existem
três tipos de Liderança, a saber:
Autocrática
- Também chamada liderança “Autoritária”. Sua principal característica é a de
que o Líder é quem toma as decisões e impõe as ordens aos subordinados, sem
sequer explicá-las ou justificá-las. Os subordinados não têm liberdade de
atuação, pois o líder autocrático controla rigidamente a sua atividade e não
lhes explica o objetivo de seu trabalho.
Liberal
- Também chamada “Laissez-faire”. O Líder se omite e não se impõe, enquanto os
subordinados se tornam os donos da situação. Há uma completa e total liberdade
de atuação para os subordinados. Nenhum controle sobre o seu trabalho. Todavia,
os objetivos do trabalho não são explicados.
Democrática -
é o tipo de liderança que fica no meio-termo entre os dois já citados, evitando
as desvantagens de ambos. O trabalho é apresentado pelo Líder aos subordinados,
que lhes dá as diversas alternativas de execução e os objetivos que devem ser
alcançados. O assunto é debatido com os subordinados que fazem sugestões, as
quais, se viáveis, são aceitas pelo Líder.
Existem
três dimensões que englobam as qualidades e habilidades requeridas por um Líder
: organizacional, a interpessoal e as das qualidades pessoais
Organizacional - concentram-se os conhecimentos que deve
dominar acerca da organização e de seu contexto :
·
Acompreensão da missão;
·
conhecimento dos
objetivos organizacionais;
·
capacidade de propor
novas soluções e resolver problemas
·
competência para
agregar esforços, mantendo coerência entre objetivos e ações;
·
ter visão de futuro.
Interpessoal
- reúne as habilidades relacionadas aos processos de interação e comunicação.
·
saber valorizar as
pessoas por meio de elogios, recompensas e outras formas de reconhecimento do
desempenho;
·
aceitar as pessoas como
são, sem tentar moldá-las em tipos ideais;
·
manter relação amistosa
e de proximidade independente do nível hierárquico;
·
confiar nas pessoas,
dando espaço para desenvolverem relações e métodos próprios de trabalho;
·
fazer uso da
comunicação por meio da informação, difundindo valores, crenças, que em seu
conjunto formam a cultura organizacional;
·
criar e pôr a
disposição de todos canais de comunicação que ampliem o diálogo visando
fortalecer processos de confiança.
Qualidades Pessoais
·
autoconhecimento;
·
iniciativa;
·
persistência;
·
coragem;
·
integridade.
Tomar decisões
– o processo de tomada de decisão ou processo decisório funciona como motor,
mola mestra das organizações. Através
dele se operam escolhas, intenções e idéias que se transformam em ações, se
buscam soluções aos problemas e se aproveitam as oportunidades.
As
decisões podem ser :
·
Programadas
ou Rotineiras – baseadas em procedimentos,
normas, hábitos e rotinas estabelecidas. ( compra, seleção etc );
·
Não-programadas
– por serem eventuais, lidam com o desconhecido, implicam opções e envolvem riscos.
Etapas
do processo Decisório :
·
Identificar o problema
ou situação;
·
Identificar
alternativas de ação;
·
Analisar as variáveis e
repercussões de cada uma delas para
serem avaliadas;
·
Escolher a melhor
opção.
A
decisão, ao mesmo tempo que racional, é também fruto de negociação entre
indivíduos, grupos e interesses que
podem ser distintos e que lutam por poder. Assim nem sempre são as mais
racionais, mas as que conciliam o maior número de interesses.
COORDENAÇÃO
Para
dirigir os subordinados, o Administrador deve dar ordens ou instruções,
comunicar, motivar, liderar e, além disso, também coordenar as diferentes
atividades dos diversos subordinados. Coordenar significa unir e harmonizar
todas as atividades e esforços de diferentes pessoas ou órgãos da Empresa,
tendo em vista um objetivo comum. A importância da Coordenação reside no fato
de que todas as atividades de uma empresa precisam ser integradas e
sincronizadas para que os seus objetivos sejam alcançados plenamente. Se apenas
algumas pessoas ou órgãos funcionam bem, os objetivos empresariais podem ser
sacrificados. Torna-se necessário que a Empresa - como um todo - funcione
integralmente para o pleno sucesso. Este é o papel da Coordenador.
Exige:
· Relações
intensas de negociação quanto ao uso dos recursos;
· Definição
de objetivos intermediários e critérios de acompanhamento / monitoramento;
· Estabelecimento
de estratégias comuns de ação e;
· Identificação
de facilitadores (aspetos fortes de cada um) para o estabelecimento de relações
de ajuda recíproca.
Instrumentos:
Cronograma
- possibilita visualizar a interligação entre as
diferentes atividades com os respectivos prazos de execução. Permite análise da
relação atividade / tempo, o que facilita caso seja necessário negociar novos
prazos e recursos, reforçando cada atividade.
Reuniões
periódicas
Com
os responsáveis pelas diferentes atividades. Servem para acompanhar o trabalho,
verificar cumprimento de prazos, identificar os fatores que estão facilitando
e/ou dificultando a execução. Deve ser marcada com antecedência (programadas),
com indicação de horário (tempo), local, participantes e temas a serem
abordados.
Matriz Institucional Múltipla
Visa
identificar as funções e as responsabilidades de cada uma das organizações nas
atividades a serem desenvolvidas no projeto. Conta com duas variáveis básicas:
Agentes
Todas
as instituições, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, que
desempenham alguma função no projeto;
Atividades
são todas as ações que se planejou desenvolver para cumprir
os objetivos do projeto.
Também
como recurso de Coordenação, podem ser criadas, na estrutura da organização,
unidades colegiadas, que constituem espaços de discussão e deliberação onde as
várias chefias de unidades ou projetos podem e devem exercitar a coordenação.
No
processo de coordenação, é primordial a negociação e a comunicação permanentes
entre as pessoas. logo, para cada projeto a ser desenvolvido podemos prever
reuniões e instituir informes e relatórios que permitam acompanhar e divulgar
informações relativas ao seu andamento, possibilitando assim a tomada de
decisões.
Matriz Institucional Múltipla
Passo 1.
- Levantamento de todas as organizações, unidades e profissionais responsáveis
na consecução do projeto – Agentes;
Passo 2. -
Elaboração do rol de Atividades a serem desenvolvidas , posicionando-as
na linha vertical;
Passo 3. -
Definição e identificação das funções desempenhadas por cada um dos
Agentes com relação às Atividades,
assinalando as funções no espaço retangular destinado à interseção entre
Agentes e Atividades . Essas funções podem ser de : Planejamento ( P ) ;
Financiamento ( F ) ; Execução ( E ) ; Acompanhamento ( A ) ; Normatização ( N
) , entre outras.
Passo 4.
- Análise da Matriz, procurando identificar se para cada Atividade foram associadas as funções necessárias a sua
execução e o Agente responsável por elas.
Passo 5. -
determinação de medidas que viabilizem a consecução do Projeto.
Conclusão
Direcção é a função da
tomada de decisões, de liderança e intercomunicação com os subordinados. Fazer
acontecer, dinamizar, esta função administrativa exige muito da habilidade
humana do profissional pela área relacionada, a direção pode ser a nível
institucional abarcando toda a empresa, nível departamental abrangendo as
unidades em separado e por fim a nível operacional. Ao longo do trabalho
abordou se sobre alguns princípios que um gestor deve ter na direção mas também
há que ter conta os seguintes:
Unidade de Comando: Cada funcionário tem
um superior ao qual deve prestar contas
Delegação: Compreende
designação de tarefas, de autoridade, de responsabilidade.
Amplitude de Controlo: Há um limite
quanto ao número de posições que podem ser eficientemente supervisionadas por
um único indivíduo.
Princípio da
coordenação ou relações humanas: harmoniza os esforços individuais em
benefício de um bem comum.
Bibliografia
Tenório,
F. (1997) Gestão de ONG’s : Principais Funções Gerenciais. Rio de
Janeiro : FGV.
Comentários
Enviar um comentário